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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo!


(Google Images)

Era uma vez um ano desvendado que se preparava para partir....O seu ciclo estava chegando ao fim.Era a hora da travessia!
Ele estava pleno e seguro de que precisaria ceder o espaço para o novo. Já não fazia sentido repetir os papéis no palco da vida!
Percebeu que o novo protagonista estava tão perto que já podia ser visto quase na linha de chegada. Sobravam-lhe poucas horas...
Um foi em direção ao outro! Precisariam cumprir o ENCONTRO MARCADO!
No último segundo, os dois se abraçaram e houve uma explosão de euforia que representava não só alegria mas, sobretudo, a esperança de novos momentos, de novos desafios, de novas possibilidades de escrever uma nova história!
E o ano novo ficou perplexo com tanta comemoração na sua chegada!
Era tudo novo...Ele estava sozinho... O ano velho tinha soltado a sua mão...
Olhava, embevecido, as pessoas acenando, brindando, cantando, sorrindo, chorando, saudosas, amando... pulando sete ondinhas... colocando flores no mar...
Quanta emoção! Era tudo tão intenso!
E foi naquele momento que se deu conta da sua grande responsabilidade ao entrar na vida daquelas pessoas.
Percebeu que precisaria superar seu antecessor porque a multidão tinha grandes expectativas.
Mas ele já sabia que a felicidade é um exercício diário e não necessariamente uma mudança de calendário...
Como faria para ser intitulado de um ANO BOM, na sua hora de partir, se algumas pessoas não atingissem suas expectativas?
Entendeu que precisaria, suavemente, colocar o pé no chão e fazer de cada dia, da sua passagem, uma nova oportunidade de cada ser escrever uma página da sua história valorizando cada sentimento que entrasse em pauta!
E no primeiro dia, pós-euforia, pós- planejamento, pós- promessa... ele estava letárgico, sonolento... “de ressaca”! Foram muitas emoções!
Sabia que precisaria de delicadeza... Era recém-nascido!
E foi assim que adormeceu quando o sol nasceu, acordou em parceria com a lua e se refez para o amanhecer de um novo dia!
Quando o novo dia amanheceu!
As cortinas estavam abertas e se podia ler:

BEM-VINDO 2016!

FELIZ 2016 A TODOS!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Se houver amanhã


(Google Images)

Se houver amanhã um capítulo inédito vai ao ar
Com cenas que não se pode ensaiar

Se houver amanhã uma luz pode acender
Para não deixar o dia escurecer

Se houver amanhã pode se achar uma saída
Para o labirinto das causas perdidas

Se houver amanhã a esperança pode aparecer
Para quem não consegue crer

Se houver amanhã há de novo sonho se plantar
Para passarela da realidade enfeitar

Se houver amanhã há de se aprender com os pássaros
Que mesmo com asas quebradas buscam o espaço

Se houver amanhã...


Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Solitude


(Google Images)

Estar só
Nem sempre
É solidão
É um desvio
Do caminho
Que nos leva
À redenção

No caminho
Só o eco
Dos seus passos
E no infinito
Do olhar
A imagem
De um abraço

No momento
Em que a pauta
É a união
As lembranças
Entram no palco
E sorrindo
Pegam sua mão

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Sapatinho na janela


(Google Images)

Ontem fiquei na minha janela
Esperando Papai Noel passar
Queria saber em primeira mão
Que presente iria ganhar

Lá pelas tantas horas da noite
Que hoje não consigo me lembrar
Ele acenou lá do seu trenó
Até perto de mim aterrissar

Ele me disse que no momento
Tinha um presente pra me dar
Mas não era só para mim
Era pra quem de mim se aproximar

Pegou minha mão suavemente
E me fez com ele caminhar
Vem, quero lhe mostrar o mundo
Pois seu presente vai encontrar

Mostrou-me olhos tristonhos
E muita gente a perambular
Pela escuridão lá dos guetos
Sem ter sonhos pra sonhar

Após um certo percurso
Ele começou a me olhar
E eu com lágrimas nos olhos
Não sabia o que falar

Ele tocou minha cabeça
Dizendo vá se preparar
A terra já está adubada
Agora sonhos vá plantar

O presente que lhe trouxe
Não vai se materializar
Vai depender de quantos sonhos
Você acender em cada olhar


Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Divina companhia

(Google Images)


Salpicou felicidade
Pelos caminhos que passou
Muitas lágrimas sofridas
Com alegria enxugou

Foi palavras no silêncio
De carinho transbordou
Com seu olhar compassivo
Muita tristeza dissipou

Com a sua mansidão
Encantava os amigos
Era um abraço quentinho
Que servia de abrigo

Com a pureza de criança
Era um riso itinerante
Se encontrava obstáculos
Seguia sempre adiante

Num dia de pouco sol
O seu ciclo terminou
Com um sorriso de adeus
Bateu asas e voou

Maria Helena Mota Santos

domingo, 13 de dezembro de 2015

Meu sonho


(Google Images)

O meu sonho
é seguir sonhando
e pintando cores
no meu dia a dia

Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia

O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia

Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias

O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua

Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua

O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito

Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso


Maria Helena Mota Santos

domingo, 6 de dezembro de 2015

O encanto de ser


(Google Images)

Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da vida
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Dezembro chegou!


(Google Images)

A cada estrela
uma lembrança
desse tempo
e do tempo da infância

A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria

A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia

A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A dor do mundo


(Google Images)

Ainda sinto
O mundo doer
Em mim
E por sentir
A dor do mundo
Ainda vivo
Porque viver
É mais que anestesiar
Dores
E inventar amores
Viver é palpitar
Sorrisos
E lágrimas
É sobretudo
Não perder as asas

Maria Helena Mota Santos

sábado, 14 de novembro de 2015

Um sopro de vida


(Imagem-Google Images)

Se no fio ainda pousa um pássaro
Se as pessoas ainda caminham na rua
Se as luzes ainda estão acesas
Se o céu ainda tem a cor azul
Se o sol ainda aquece com seus raios
Se a lua ainda mostra as suas fases
Se o dia ainda amanhece e anoitece
Se o coração ainda abriga sentimentos
Se as pessoas ainda se abraçam
Se os amigos sinceros ainda existem
Se a confiança ainda está em pauta
Se o amor ainda paira pelo ar
Se as árvores ainda crescem e frutificam
Se o pensamento ainda é livre pra sonhar
Se ainda há um sopro de vida

Ainda dá tempo
Da tristeza se revezar com a alegria
Do medo se revezar com a coragem
Da raiva se revezar com o perdão
Do conflito se revezar com a união
Da desilusão se revezar com a esperança
Da apatia se revezar com a ação
Do pessimismo se revezar com o otimismo
Do desencanto se revezar com o sonho
Da guerra se revezar com a paz

Porque a vida é a respiração que amanhece
É cada batida que no coração acontece
É cada sonho que no ser se estabelece
É cada desejo transformado em prece

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Paixão

(Google Images)

Alguém se apaixonou por mim
Alguém que andava ao meu lado
Mas só conseguia me ver
Por um espelho quebrado

Alguém se apaixonou por mim
Alguém que às vezes me acusava
De não ser boa o suficiente
Para amar e ser amada

Alguém se apaixonou por mim
Alguém que nasceu comigo
Mas me pegava pela mão
Só pra mostrar o labirinto

Alguém se apaixonou por mim
E já morava no meu ser
Mas buscava outras companhias
Apenas por medo de sofrer

Alguém se apaixonou por mim
E era eu mesma no espelho
Feliz só pela minha companhia
Sem precisar do consentimento alheio

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Viver

(Google Images)


Da vida
Eu só quero viver
Quero pulsar sentimento
Seja de dor
Ou de prazer

Da vida
Eu só quero viver
Aproveitar os segundos
Desde o despertar
Até o anoitecer

Da vida
Eu só quero viver
Quero distribuir carinho
A quem no meu caminho
Aparecer

Da vida
Eu só quero viver
Das lágrimas fazer um rio
Para outras margens
Conhecer

Maria Helena Mota Santos

09/05/2012

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Partida

(Google Images)

Homenagem aos que partiram e aos que estão experimentando o sentimento da saudade.

"TUDO O QUE AMAMOS PROFUNDAMENTE CONVERTE-SE EM PARTE DE NÓS MESMOS."
(Helen Keller)



Partiram
ou se tornaram
invisíveis?

Partiram
ou transmutaram
para outra dimensão?

Uns partem
e ficam
mais perto

Outros partem
e deixam
um deserto

Alguns partem
sem partida
andam sem rumo na vida

Outros partem
e não se vão
porque ficam no coração


Maria Helena Mota Santos

domingo, 1 de novembro de 2015

Aprendi com a vida

(Google Images)


Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida

Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas

Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz

Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis

Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão

Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção


Maria Helena Mota Santos


14/11/2011

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Imprecisão

(Google Images)


Trago em mim
tantas pessoas
que encontro
e desencontro

As que enxugam
lágrimas
As que acionam
prantos

Trago a luz
e a escuridão
A linha reta
e a contramão

Nem sempre só
sou solidão
Fico sozinha
na multidão

Trago a dor
dilacerante
E morro em vida
por um instante

Se pulso forte
sou emoção
Se estou letárgica
sou imprecisão

Trago a incerteza
do que virá
Mas abro as asas
para voar

Nem sempre sou
o que pensei
Ando em busca
do que não sei


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Poesia


(Google Images)


Em homenagem ao Dia do Poeta!


Queima-me
Não sei se é fogo
Inunda-me
Não sei se é água
Emociona-me
Não sei se é ternura
Entristece-me
Não sei se é dor
Alegra-me
Não sei se é prazer
Veste-me
Não sei quais as cores
Arrebata-me
Não sei se é paixão
Extasia-me
Não sei se é amor

Só sei que é poesia

Maria Helena Mota Santos

domingo, 18 de outubro de 2015

Feliz dia do Médico!


(Google Images)


PARABÉNS A TODOS OS MÉDICOS QUE EXERCITAM A SUA PROFISSÃO COLOCANDO O AMOR NA PAUTA DO SEU DIA.



O amor
Pousou no peito
Irradiou a sua essência
E fez do coração
A sua residência

O amor
Saltou aos olhos
Ficou generalizado
Vestiu-se de esperança
Pra quem precisa ser cuidado

O amor
Se fez antídoto
Das dores da humanidade
Curando muitas mazelas
Que chegam
Em qualquer idade


O amor
Usa jaleco
Da cor branca da paz
E revalida a importância
Que o Anjo Médico
Nos traz

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Dia do Professor!


(Imagem-Google Imagens)

HOMENAGEM A TODOS OS PROFESSORES QUE TRANSFORMAM OS RISCOS E RABISCOS EM ARTE E CIÊNCIA!



Sem você
A história seria
Um livro em branco
De mente vazia
A visão de mundo
Teria a cegueira
Como seu guia
E outras profissões
Em nenhuma hipótese
Existiriam

Sem você
A história seria
Uma memória opaca
Sem fantasia
A fala seria
Desarticulada
Sem sinergia
E cada dia
Pintaria um quadro
Sem harmonia

Sem você
A história seria
Um palco sem arte
Uma plateia vazia
A canção seria
Uma nota bem longa
De nostalgia
E o poeta não saberia
Colocar em versos
Sua poesia

Maria Helena Mota Santos

sábado, 10 de outubro de 2015

Criança

(Google Images)

QUE A SUA CRIANÇA INTERIOR SE FAÇA PRESENTE NO DIA A DIA!

A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Fez da tristeza uma estátua
E saiu em grande disparada

Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia

Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo em palco transformou

Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou

Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou

Maria Helena Mota Santos

domingo, 4 de outubro de 2015

Finitude


(Google Images)


Um dia acaba
e a gente não sabe
aceitar o fim
Mas tudo se renova
igual as flores
que se revezam
em cada jardim

Um dia acaba
e a gente não sabe
aceitar o fim
Indaga aos céus
fica ao léu
embarca em retiro
até os confins

Um dia acaba
E a gente entende
que os ciclos têm fim
O tempo passa
distrai as horas
vira a esquina
e o novo chega

enfim...

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Medos


(Google Images)

Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada

Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos

Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração

Maria Helena Mota Santos

11/12/2011

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Feliz Primavera!


(Google Images)

FELIZ PRIMAVERA


Que as flores latentes em cada ser se tornem primavera para que o mundo seja um jardim repleto das flores da alegria, do amor e da compaixão!


Cores da vida

Estou à procura de uma cor
Que transforme uma tela
Dando um toque especial
De uma linda aquarela

Procuro uma cor marcante
Talvez seja a mais bela
A cor que enfeita o mundo
Quando se está na primavera

Quero uma cor estonteante
Que realize uma alquimia
Que traga em si a mistura
Da tristeza com a alegria

Quero a cor da cor dos olhos
De quem tem amor no coração
Quero a cor que de tão bela
Inspire a mais bela canção

A cor que eu tanto procuro
Nem é quente nem é fria
É a mistura de todas as cores
Que enche o mundo de magia


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Eu quase sei

(Google Images)


Eu quase sei
que não mais quero
o que tanto tempo
esperei

Não quero o morno
o intervalo
de uma vida
que não planejei

Eu quero o ocaso
renascendo
sob a luz
do amanhecer

Eu quero a flor
de toda cor
que a cada espinho
me faz crescer

Eu quero a rima
imperfeita
e entoada
no meu canto

Eu quero as partes
encontradas
e libertadas
em cada pranto

Maria Helena Mota Santos

27/07/2012

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Carência


(Google Images)


Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz

Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão

Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dá-lhe poesia!


(Google Images)


Poderia me vestir
de apatia
a cada agonia
que me acometesse
de dor
nesta doce travessia

Poderia me vestir
de tristeza
e tratar
com aspereza
quem incomodasse
a minha solidão

Poderia me vestir
de julgamentos
e sem piedade
condenar cada passante
que viesse
na minha contramão

Preferi me vestir
de poesia
que retrata
minha dor
ou alegria
neste espaço
que me leva
a redenção

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Setembro chegou!



Hoje acordei com gosto de setembro
Quero fazer primavera em mim
Vou cuidar do meu terreno
Para que as flores brotem
No meu jardim

domingo, 30 de agosto de 2015

Folhas caídas

(Google Images)

Acordou e esboçou um sorriso com pausa
Daqueles que se pode ler nas entrelinhas
Que a sua origem não foi a alegria
Mas o desafio da superação de uma dor

Levantou e andou com passos bem lentos
Daqueles que a sombra fica quase letárgica
Que se percebe a falta de horizonte
Originada de um período de ocaso

Reagiu e balbuciou “Tudo bem”
Daquele que não se traduz energia
Mas que se percebe a falta de certeza
Do que virá num futuro bem próximo

Superou-se e falou "Vou vencer”
Com a força de quem encara sua dor
E que se percebe uma vibração positiva
Própria de quem quer sair da inércia

Seguiu, olhou em volta, e viu as folhas caídas
Ergueu os olhos e olhou o topo da árvore
Até perceber que as folhas se renovam
Então, com esperança, continuou a viagem

Maria Helena Mota Santos

07/11/2010

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Feliz dia do Psicólogo


(Google Images)


SER PSICÓLOGO

Ser Psicólogo
é fazer poesia das emoções sem necessariamente ser poeta.

Ser Psicólogo
é trabalhar com o verso e o reverso na tentativa de equilibrar o poema interno de cada ser.

Ser Psicólogo
é ser um facilitador na busca de equilíbrio nas crises previsíveis e imprevisíveis da vida.

Ser Psicólogo
é, sobretudo, ser escuta empática de um coração que pulsa no compasso de emoções indesejáveis.

PARABÉNS A TODOS OS PSICÓLOGOS PELO SEU DIA!

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Estações


(Foto: Hugo Mota)

Sinto a dor da folha que cai
antes do seu tempo
de outono
E ainda verde sucumbe
sem propósito
pelas mãos dos passantes
do caminho

Sinto a dor da flor que cai
antes do seu tempo
de primavera
E ainda botão sucumbe
sem propósito
pelas mãos dos passantes
do caminho

Sinto a dor da natureza que chora
antes do seu tempo
de inverno
E Sem poder demarcar
as estações
aguarda o seu tempo
de verão

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O voo do papel


(Google Images)

No chão, em frente a um prédio, uma pichação: TE AMO.
Num salão de festa, no mesmo prédio, as cadeiras esperam, "pacientes", pelos convidados.
No céu nuvens bordadas insinuam esboços humanos se amando.
Dois pássaros passam brincando de esconde-esconde como meninos arteiros.
Um adolescente passa cabisbaixo, provavelmente, pensando o que fazer sábado à noite.
Uma jovem senhora passa puxando pelo braço seu filho “doentinho”.
Vários carros passam em fila, na avenida, como se tivessem marcado a hora do encontro.
Pessoas passam arrastando as sandálias com a falta de pressa do sábado.
A tarde fica sonolenta e o divagar ,do poeta, é inevitável e sem pressa.
O poeta fica na letargia do tempo, da rua, da avenida e da cidade.
Assume o embalo calmo das pessoas que passam na rua.
Assume o palpitar macio do pulso da rua que ecoa no coração da cidade.
O poeta quer olhar pra rua e não quer olhar na sua própria avenida.
Assume a dinâmica do movimento que não para, embora pareça lento.
Resolve emprestar o seu olhar pra vida cirandar como quiser e quando quiser.
Subitamente, um papel sai do chão e voa e volta e, depois, cai para voar de novo.
O papel desperta um fascínio no poeta que resolve acompanhar sua trajetória.
O papel traz de volta um brilho “travesso” no seu olhar e desperta a criança adormecida.
O poeta resolve sair de si e divagar nos braços da sua alma pueril.
Deixa-se guiar pelas asas do papel que sobe ou desce conforme a direção do vento.
Assume a condição de papel, que o vento leva, e põe sua alma nessa vida itinerante e imprevisível.
Não sabe quando vai parar e o quanto vai aprender, nessas passagens, nos braços do vento.
Vai se deixando levar , sem controle, esquecendo o que acontece na periferia.
Vai sentindo a leveza de ser papel e voar, cair, voar, cair...voar!

Maria Helena Mota Santos

domingo, 16 de agosto de 2015

Para sempre


(Google Images)


O "para sempre"
pode durar
até amanhã
E o "nunca"
pode acabar
neste momento

A vida segue
modificando
os paradigmas
O que era óbvio
nas mãos do tempo
desmistifica

E as promessas
às vezes se perdem
nas mãos do vento
Que torna vulnerável
a senha confiável
de um momento

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Metamorfose da dor


(Google Images)

O que é a dor
Senão um aperitivo
Do amor
Um pré-requisito
Da experiência
Um trilhar no túnel
Da sabedoria?

O que é a dor
Senão um encontro
Com o avesso
Com o lado imperfeito
E com o quadro pintado
Sem cor?

O que é a dor
Senão um linimento
Que provoca ardor
E aponta caminho redentor?

O que é a dor
Senão a bússola do homem
Em busca de um caminho profundo
Precursora dos grandes versos
E mãe de todos os poetas?

O que é a dor
Senão um passaporte
Para o mundo
Que toca bem lá no fundo
Trazendo à tona
O néctar do SER?

O que é a dor
Senão o caminho inverso
Da mediocridade
Que dá cor
A qualquer saudade
Sem escolher idade?

Sem idade
Chega a dor
Trazendo histórias
Cantadas e encantadas
De amor.

Maria Helena Mota Santos

sábado, 8 de agosto de 2015

Feliz dia dos pais (09/08/2015)


(Google Images)


FELIZ DIA DOS PAIS


Pai
Sabe aquela estrela que você apontou pra mim?
Eu a peguei lá no céu e hoje trouxe só pra você.

Pai
Sabe aquela flor que você colheu pra mim?
Eu tirei suas pétalas e hoje enfeitei seu caminho.

Pai
Sabe aquele dia que você enxugou minhas lágrimas?
Eu as transformei em alegria para encantar o seu dia.

Pai
Sabe aquele carinho que você me dá todo dia?
Eu peguei um a um e transformei em amor infinito.

Pai
Sabe aquele sol que você me fez ver após a chuva?
Eu o transformei em holofote para iluminar a sua estrada.

Pai
Sabe aquele dia que você foi plateia quando eu era palco?
Hoje eu me tornei sua plateia e sou só aplausos.

Pai
Sabe aquela prece que você me ensinou a recitar?
Eu a enderecei hoje a Deus para seu caminho guiar.


Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Florzinha


(Google Images)


Se eu fosse uma florzinha
Bem pequena e delicada
Moraria em um jardim
Não pensaria em mais nada

Iria só enfeitar vidas
E alegraria os ambientes
Seria cúmplice dos amantes
E viveria sorridente

Eu transformaria o orvalho
Em bolinhas de sabão
Para alegrar as criancinhas
Que me carregassem na mão

Pegaria cada pétala
E enfeitaria o caminho
De quem tivesse bem triste
E se sentisse sozinho

Não me prenderia aos jarros
Seria uma flor itinerante
Conheceria as estradas
E chegaria ao horizonte

Maria Helena Mota Santos

08/11/2011

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Cantinho

(Google Images)

Eram tantas as viagens
Eram tantas as bagagens
Que parei o trem do tempo
E pedi para descer

Despojei-me do supérfluo
Fiquei mirando o céu azul
Coloquei-me em reverso
Num cantinho me aconcheguei

Fechei os olhos para o óbvio
Troquei lentes viciadas
E no balanço do tempo
Sem ter tempo divaguei

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Gratidão


(Google Images)

Tive tanto
Tenho tanto
Que a vida tira
E ainda sobra

Sobram essências
de jasmim
Sobram as rosas
no jardim

Sobram sorrisos
de mãos dadas com a alegria
Sobram imaginações
que acionam as fantasias

Sobram lágrimas
que hidratam as emoções
Sobram notas
que invadem as canções

Sobram dores
de metamorfoses salvadoras
Sobram versos
de poesias redentoras

Sobram réstias
pela luz que vem das frestas
Sobram coragens
precursoras das viagens

Sobram nostalgias
que acionam as saudades
Sobram amores
que eternizam as paisagens

Maria Helena Mota Santos


segunda-feira, 20 de julho de 2015

FELIZ DIA DO AMIGO

(Google Images)

Homenagem a todos os meus amigos
que são meus cúmplices na estrada da vida.


Há um amor que me invade a alma
E na angústia me acolhe e acalma

Há um amor que me faz companhia
E me ampara nas travessias

Há um amor que conheci na vida
E que é bálsamo para as feridas

Há um amor que me acompanha ao longe
E não me fere e nem me constrange

Há um amor que me dá aconchego
E é um abraço sempre que eu chego

Há um amor que segue sempre comigo
Amor de irmão, Amor de amigo

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Minhas cores


(Google Images)

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do mundo
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
quando pra aqui
me embarcaram
pra cumprir
uma missão

Sou da cor
da esperança
da alegria
e da constância
Sou da cor
do coração

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do outro
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
Pra combinar
com o cenário
da possível
atuação

Sou da cor
que pulsa em mim
Cor alegre
Cor vibrante
Sou da cor
do meu jardim


Maria Helena Mota Santos

domingo, 12 de julho de 2015

Saudade


(Google-Images)

Ando de frente pra vida
Mudando minha roupagem
Pinto as tristezas de cores
Meu acessório é a saudade

Saudade é sempre a ausência
De uma presença querida
Só quem preencheu espaços
É que tem saudade na vida

Saudade de quem se foi
Saudade de quem não veio
Saudade da esperança
De ser feliz por inteiro

Saudade de abrir as asas
E voar sem direção
Saudade de ter saudade
Bem dentro do coração

Saudade de uma criança
Que no tempo se perdeu
Saudade de brincar de roda
E de achar quem se escondeu

Saudade da fantasia
Que alicerça a realidade
Saudade é dor de amor
Que chega em qualquer idade

Maria Helena Mota Santos

09/12/2010

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Vestida de poesia


(Google Images)

Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar

A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia

Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor

Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso

Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam

Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar

Maria Helena Mota Santos

sábado, 27 de junho de 2015

Calor feito brisa


(Google Images)


Um calor feito brisa
Invadiu o coração
O calor que degelou
Anos de solidão

O calor que se fez chuva
Fez a esperança florescer
Dissipou todas as nuvens
E fez o sol aparecer

O calor dos sentimentos
Que causou inundação
Um calor inespecífico
Um calor sem medição

O calor da amizade
O calor de uma paixão
O calor de um carinho
O calor de uma canção

Um calor indescritível
O calor da emoção...


Maria Helena Mota Santos

sábado, 20 de junho de 2015

O encanto de ser


(Google Images)

Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da face
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor

Maria Helena Mota Santos

domingo, 14 de junho de 2015

Amor


(Google Images)


O amor é a magia
Que desfaz o desencanto
É a melodia mais bonita
Que acalenta qualquer pranto

O amor é a alegria
É a dor em trajes nobres
É o alimento que sacia
É o veredicto que absorve

O amor é presença
É ausência consentida
É a nota que compõe
A sinfonia de uma vida

O amor é o sentimento
Que arrebata a solidão
É uma asa que se abre
E pousa no coração


Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Feliz dia dos Namorados




(Google Images)

HOMENAGEM A TODOS OS NAMORADOS PELO SEU DIA( 12/06/2015)


Não fiz
Como me ensinaram
O meu amor
Não lhe arrebatava
Para ser
Uma só carne
Um só pensamento

O meu amor
Transcendeu
As regras habituais
Não havia o "para sempre"
Como contrato
Havia o "para sempre"
Na duração de cada momento

Não havia o “dois em um”
Havia um cada qual
Que poderia ser original
Sem precisar
pedir desculpas
por conservar
o seu eu individual

Cada um poderia partir
Para dentro de si
E conjecturar
Consigo mesmo
Sem que tivesse
Que fazer um relato
Do que teria buscado

E hoje há tanto amor
Que não cabe nas palavras
E mesmo passando o tempo
É como se tudo fosse inédito

E em cada dia dos namorados
Revivemos o que passou
E é com esse alicerce
Que confirmamos o nosso amor

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Estações


(Foto: Hugo Mota)

Que o sol nunca se deite
Sem provocar o meu sorriso

Que a chuva por mim não passe
Sem roubar as minhas lágrimas

Que a primavera deixe em mim
O rastro de muitas flores

Que o outono me dê a chance
De renovar a minha vida

Quero ser cada momento
De atitude ou de silêncio

Quero viver as estações
Sem perder a intensidade

Quero marcar o meu caminho
Com sementes bem cuidadas

Para florir no tempo certo
E enfeitar toda estrada

sábado, 30 de maio de 2015

O dia em pauta


(Google Images)

Cada dia cai como um laço envolvente nas "teias" do cotidiano
Cada dia chega como um convite para um baile de máscaras
Cada dia nasce para os atores da vida independente do seu “script”
Cada dia segue no seu compasso sem a chance da espera
Cada dia nasce e segue na valsa da alegria ou da dor
Cada dia dança e impõe sua marcha sem prévia autorização
Cada dia leva para o lugar da imprevisibilidade
Cada dia é de todos e de ninguém
Cada dia é um elo de uma corrente sem fim previsível
Cada dia reflete o olhar caleidoscópico dos seres coloridos
Cada dia é uma invenção e uma reinvenção
Cada dia é labirinto de uma vida sem desfecho anunciado
Cada dia é um canteiro de obras de um edifício incerto
Cada dia é um projeto sem garantias
Cada dia é uma senha pra vida ou um xeque-mate
Cada dia é luz ou sombra
Cada dia nasce com novas tintas para os quadros borrados pelo tempo
Cada dia é um pincel que redesenha o passado
Cada dia é o prenúncio do futuro incerto
Cada dia é o resgate do passado com as armas do presente

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Viagem infinita


(Imagem-Google Images)

O que se leva para uma viagem
onde a bagagem não é aceita?
Leva-se os sonhos sonhados
ou realidades desfeitas?

O que se leva para uma viagem
que não se tem companhia?
Leva-se uma seleção musical
ou a trilha sonora da vida?

O que se leva para uma viagem
sem um retorno marcado?
Leva-se o coração tatuado
ou o aconchego de um abraço?

O que se leva para uma viagem
cujo transporte é a solidão?
Leva-se as melhores lembranças
ou a amizade no coração?

O que se leva para uma viagem
cujo destino é o infinito?
Leva-se lembranças de outrora
ou a senha do paraíso?

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 19 de maio de 2015

Dá-lhe poesia!


(Imagem-Google Images)


Poderia me vestir
de apatia
a cada agonia
que me acometesse
de dor
nesta doce travessia

Poderia me vestir
de tristeza
e tratar
com aspereza
quem incomodasse
a minha solidão

Poderia me vestir
de julgamentos
e sem piedade
condenar cada passante
que viesse
na minha contramão

Preferi me vestir
de poesia
que retrata
minha dor
ou alegria
neste espaço
que me leva
a redenção

Maria Helena Mota Santos


sábado, 16 de maio de 2015

Indagações


(Google Images)

O que dizer?
Nem sempre se tem palavras

Quando calar?
Nem sempre se tem silêncio

Quando seguir?
Nem sempre se tem estrada

O que fazer?
Nem sempre se tem clareza

Pra onde ir?
Nem sempre há um lugar

Como ajudar?
Nem sempre se tem a forma

Quando mudar?
Nem sempre se tem coragem

Quando amar?
Sempre que o coração pulsar

Maria Helena Mota Santos

23/12/2010