sábado, 31 de dezembro de 2011
Que venha 2012!
(Imagem-Google Imagens)
O meu plano para 2012
É simplesmente VIVER!
Quero a delicadeza
Quero a atitude
Quero a alegria
Quero a dor
Quero o prazer
Quero o sorriso
Quero as lágrimas
Quero errar
Quero acertar
Quero aprender
Quero a amizade
Quero a compaixão
Quero o amor
Quero a paz
Quero as possibilidades
Quero a minha humanidade
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Escalada
(Imagem-Google Imagens)
Escalei uma montanha
E quase morri de frio
O caminho era íngreme
O maior dos desafios
Subindo olhei pro alto
O abaixo era vertigem
Acompanhada da saudade
Desbravei as terras virgens
Lá no cume vi o céu
Tão pertinho da minha mão
Toquei quase lá nas nuvens
E entoei linda canção
Alforriei a minha sombra
Que era minha companhia
E libertei do cativeiro
Toda a minha alegria
Não sabia ter as asas
Que me movem nas alturas
Aprendi muito da vida
E mudei minha estrutura
Lá de cima vi a vida
E a beleza das paisagens
Valorizei todas as dores
Que me feriram nas viagens
Reconheci os sentimentos
Que movem meu coração
Eles norteiam minha vida
O amor e a compaixão
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Menina linda
(Imagem-Google Imagens)
menina linda
abra os braços
dê-me um abraço
vamos andar
veja o sol
e o colorido
nova paisagem
vai despontar
a sua face
já não reage
mude o foco
mude o olhar
ponha os óculos
da fantasia
um novo quadro
vamos pintar
vem cá comigo
mude o roteiro
e outra peça
venha encenar
dê-me sua mão
vem cirandar
um novo sorriso
vai despontar
Maria Helena Mota Santos
28/07/2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
O que é a vida?
(Imagem-Google Imagens)
A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia
A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo
A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora
A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer
Maria Helena Mota Santos
09/01/2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Pausa
(Imagem-Google Imagens)
A vida me chama pra viver em atos
As letras me faltam
As emoções têm sede de lágrimas
O tambor rufa novo momento
Momento de partir
De ficar de longe
De ficar em perspectiva
De não dizer nada por dizer
Momento de despertar
A menina que abraça flores
E se fere com espinhos
E novamente abraça
E novamente se fere
E vem nova dor
E ainda assim, abraça...
O sino interior anuncia
É hora de olhar pra si
De cuidar das suas flores
Plantar um livro
Sem letras
Sem versos
Sem pretensões
Sem divagações
Momento de ser
Apenas uma poesia
Maria Helena Mota Santos
24/01/2011
domingo, 25 de dezembro de 2011
Sapatinho na janela
(Imagem-Google Imagens)
Ontem fiquei na minha janela
Esperando Papai Noel passar
Queria saber em primeira mão
Que presente iria ganhar
Lá pelas tantas horas da noite
Que hoje não consigo me lembrar
Ele acenou lá do seu trenó
Até perto de mim aterrissar
Ele me disse que no momento
Tinha um presente pra me dar
Mas não era só para mim
Era pra quem de mim se aproximar
Pegou minha mão suavemente
E me fez com ele caminhar
Vem, quero lhe mostrar o mundo
Pois seu presente vai encontrar
Mostrou-me olhos tristonhos
E muita gente a perambular
Pela escuridão lá dos guetos
Sem ter sonhos pra sonhar
Após um certo percurso
Ele começou a me olhar
E eu com lágrimas nos olhos
Não sabia o que falar
Ele tocou minha cabeça
Dizendo vá se preparar
A terra já está adubada
Agora sonhos vá plantar
O presente que lhe trouxe
Não vai se materializar
Vai depender de quantos sonhos
Você acender em cada olhar
Maria Helena Mota Santos
sábado, 24 de dezembro de 2011
Construção
(Imagem-Google Imagens)
Antes que a terra trema
E o mundo venha ao chão
Vou refazer os alicerces
E fazer nova construção
Antes do abalo sísmico
Antes da trepidação
Antes que o caos se instale
Vou buscar uma solução
Mas se o tremor chegar
Vou salvar o que restou
Recordações e histórias
De quem por aqui passou
Vou enxugar as lágrimas
De quem está desamparado
Vou distribuir sorrisos
Pra quem está desencantado
E nesse mundo caótico
Vou amenizando a dor
Doando a quem precisa
Muita paz e muito amor
Vou colher muitas flores
Do jardim que vou plantar
Vou cobrir o chão de rosas
Pra toda essa gente pisar
Maria Helena Mota Santos
19/04/2010
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Um presente especial!
Não posso deixar de compartilhar um presente de aniversário tão bonito vindo de uma pessoa tão especial! Obrigada, meu querido Jhonata Alves! Aproveito a oportunidade para parabenizá-lo pela aprovação em Medicina!
Obrigada pelo carinho!
Para a Psicóloga que anima a todos!
Para a Pessoa única que encanta com sua beleza!
Para a Criança que ainda existe em seu coração!
Para a Mulher que nunca para de sonhar...
Para a Poeta que não desiste e tenta inovar
Para você a quem Deus sempre vai iluminar
Para o anjo que veio a terra para brilhar
Para esse dia especial venho desejar: Amor, paz, saúde, sucesso e o que mais precisar...!
Que Deus a ilumine sempre!
Que a cada dia suja novos sonhos e poemas!
Para a cada passo deixar rastros tatuado no tempo...
Felicidades não só hoje... Felicidades para sempre!
Abraços (espero que goste do que escrevi rsrs)
Bjs
Jhonata Alves
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Parabéns, Diogo Acrux!
É um menino que se agiganta pela vida através do seu olhar diferenciado para perceber o que há nas entrelinhas.
É um menino que pulsa arte e vive encenando peças lindas e inéditas no palco da vida.
É um menino que também atua nos bastidores para propiciar aos amigos que brilhem no tablado encantado do universo.
É um menino cujas asas têm a cor dos sonhos e pousam sutilmente na realidade.
É um menino de dedo mágico que aponta na direção das estrelas.
É um menino que eu teria escolhido para ser filho do meu ventre.
É um menino que admiro muito e que também cuida de mim na estrada da vida.
É meu menino Diogo!
Feliz aniversário, meu querido!
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Menina
(Imagem-Google Imagens)
Ainda sou aquela menina
que encontrou a sua imagem
num grande baile de máscaras
Ainda sou a saudade
que se despediu da infância
sem se desfazer dos brinquedos
Ainda sou a liberdade
de pés descalços na vida
em busca de terra desconhecida
Ainda sou aquela menina
vestida da cor do sonho
acordada na realidade
Ainda sou menina peralta
que desfaz caminhos prontos
pra não perder a cor dos dias
Ainda sou menina sorriso
que acha sempre uma graça
Nas teias tecidas na vida
Maria Helena Mota Santos
21/04/2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Unidos para sempre
(Imagem-Google Imagens)
Homenagem ao meu filho que retorna ao lar esta semana e, com certeza, fará meu Natal mais feliz!
Seja bem vindo, filho!
Unidos por um fio invisível
Que nos une em qualquer dimensão
Unidos antes do ventre
Onde o início da vida aconteceu
Se você chora
Sua lágrima respinga em mim
Se você sorri
sua luz me ilumina
Se você fica em silêncio
Ouço o eco de sua voz
Se você sofre
A dor se irradia no meu peito
Se você fica feliz
Eu fico em primavera
Somos parceiros da vida
Unidos para sempre
Unidos pelas lágrimas
Pelas alegrias
Pelas tempestades
Pela bonança
Pelas surpresas
Pelas decepções
Pela dor
Pela esperança
Pelos afagos
Pelo carinho
Pela ternura
Pelo amor incondicional
Maria Helena Mota Santos
12/05/2010
domingo, 18 de dezembro de 2011
O encanto de ser
(Imagem-Google Imagens)
Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da face
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor
Maria Helena Mota Santos
14/02/2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
Aprendiz
(Imagem-Google Imagens)
Aprendi que
no lugar onde há sombra
tem uma luz bem pertinho
e que às vezes as pedras
nos indicam caminhos
Aprendi que
entre a tristeza e a alegria
há um lugar bem quietinho
que aponta horizontes
pra retomar o caminho
Aprendi que
em todo fracasso
há embutido o sucesso
e que se fica mais forte
quando se enfrenta reversos
Aprendi que
por muito que eu saiba
ainda pouco eu sei
e que aprendi mais da vida
nos momentos que errei
Aprendi que
não estou aqui sozinha
por mais que pense estar
e que só vivo a vida
se intensamente amar
Aprendi que
nada no mundo é meu
nem o lugar onde moro
que aqui eu planejo
mas nem tudo controlo
Maria Helena Mota santos
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Transparência
(Imagem-Google Imagens)
Quero olhar dentro de mim
Sem máscara
Sem caleidoscópio
Sem subterfúgio
Sem brincar de esconder
Quero encarar o que dói
O que cicatrizou
A ferida que apenas fechou
Mas desperta a cada pesadelo
Quero dançar comigo mesma
Na sinfonia do momento
Sem valsa encobrindo samba
Sem samba encobrindo valsa
Quero bailar no salão da vida
Vida Real sem fronteiras
Vida sem grilhões
Quero dar o grito certo
No lugar certo
Quero sonhar
Sem me esconder de mim
Quero ir
Quero vir
Quero falar palavras presas
Quero falar de pensamentos
De sofrimento
De alegria
Quero escutar o companheiro
Sem misturá-lo comigo mesma
Quero passear com o amigo
Sem interferir no seu mundo
Quero ser eu
Sem pedir desculpas
Quero ser autêntica
Quero partir do mundo um dia
Sem a sensação de agonia
Ao descobrir que vivia
Uma utopia
Maria Helena Mota Santos
08/05/2010
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Oração do amanhecer
(Imagem-Google Imagens)
Senhor
Neste dia que amanhece
Entrego o controle da minha vida
A chave das minhas decisões
A lamparina que clareia a escuridão
A caneta que escreve minha história
As sandálias que alicerçam os meus passos
As emoções que acionam meus sentimentos
Senhor
Que eu possa andar pelos caminhos do perdão
Que nenhum sentimento me insinue escuridão
Que eu transite no portal da compreensão
E que eu seja um ombro amigo e irmão
Senhor
Que o passado me traga sabedoria
Que eu viva o presente deste dia
Que cada palavra seja uma nota de alegria
Pra transformar meu futuro em sinfonia
Senhor
Que meu ouvido seja surdo para a maldade
Que minha mão seja instrumento da caridade
Que eu não seja cego pra perceber a dor
Que eu olhe a vida com as lentes do amor
Amém
Maria Helena Mota Santos
03/04/2010
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Tristeza da paz
(Imagem-Google Imagens)
Amanheceu em mim
Uma tristeza calma
Que não tem pressa
Que se basta
E não precisa de parceria
Com outros sentimentos
Para existir
Tristeza genuína
De tons neutros
Que para o tempo
Que sobrevive ao sorriso
À euforia
Que não precisa ser embalada
Para viver
Tristeza inversa
Da alegria calma
Que ficou no patamar
Dos melhores dias
Tristeza que não arrasa
Não causa dor
Só nivela o prazer com a inércia
Tristeza que torna tudo igual
Como se o mundo fosse uma linha reta
Com a visão da linha de chegada
Tristeza resistida
Sem pressa
Sem sonhos
Que não mexe
Nem remexe
Tristeza da paz
Perdida
No labirinto dos dias
Maria Helena Mota Santos
11/02/2010
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Paradoxo
(Imagem-Google Imagens)
É quando não se tem quase nada pra dar
que brota o melhor que se tem.
É quando as cortinas se fecham
que o espetáculo de si mesmo acontece.
É quando o barco afunda
que se descobre nadadeiras invisíveis.
É quando se está à beira do abismo
que se descobre os pés voadores.
É quando se está na escuridão da noite
que as estrelas se tornam visíveis.
É quando cai chuva torrencial
que o sol aparece mais quente.
É quando a vida traz as dores
que se descobre a força que se tem.
Maria Helena Mota Santos
07/02/2010
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Amor
(Foto- amigos da bicharada)
O que é o amor senão
Uma amizade sem limite
Um sofrimento prazeroso
Uma comunhão na diferença
Um esperar desesperado?
O que é o amor senão
Um caminhar sem um padrão
Um palpitar no infinito
Uma doação sem ter estoque
Um levitar na multidão?
O que é o amor senão
Um lugar do paraíso
Um coração em disparada
Uma chuva de sorrisos
Uma saudade acompanhada?
O que é o amor senão
Um deserto com oásis
Um labirinto com passagem
Uma felicidade indefinida
Uma essência colorida?
O amor é lágrima revertida em alegria
É viagem sem destino e sem roteiro
É desatino que equilibra as travessias.
É a magia que encanta o mundo inteiro.
Maria Helena Mota Santos
08/04/2010
Na ciranda do tempo
(Imagem-Google Imagens)
Penso que há um tempo, no tempo, para viver tudo que der tempo.
Penso que já foram derramadas todas as lágrimas estocadas para esse tempo.
Penso que é hora de limpar os resquícios da tempestade e arrumar um novo tempo.
Penso que é preciso treino para transformar derrotas em vitórias, com o tempo.
Penso que há uma senha, a ser descoberta, para entrar num outro portal do tempo.
Penso que tudo depende de como se reage ao enfrentar cada estação do tempo.
Penso que passado, presente e futuro brincam, de realidade e sonho, todo tempo.
Penso que a semente que se planta, inevitavelmente, será fruto com o tempo.
Penso que perder ou ganhar é pura questão de tempo.
Maria Helena Mota Santos
20/02/2010
domingo, 11 de dezembro de 2011
Onda
(Imagem-Google Imagens)
Vi uma onda irreverente
levando o que era norte
para o infinito azul
Removeu dunas
fez a areia se mover
até o castelo fenecer
Mirou alturas
revezou com o chão
afundou barcos na contramão
Foi sal e maresia
e ensaiou passos de dança
com a ventania
Disfarçou-se de criança
fez piruetas
e ganhou confiança
Perdeu altura
no encontro em alto mar
e começou a declinar
Com a brisa se encantou
e foi em busca
de um novo caso de amor
Maria Helena Mota Santos
sábado, 10 de dezembro de 2011
Lembranças
(Imagem-Google Imagens)
A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância
A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria
A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia
A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
A luz de cada ser
(Imagem-Google Imagens)
Se uma luz está acesa aqui nesse cantinho do mundo
O reflexo pode chegar ao outro extremo do universo
Porque a soma das tochas que cada ser acende na vida
Forma um clarão que dissipa a escuridão do caminho
A chama pode estar num sorriso
A chama pode estar numa lágrima
A chama pode estar numa palavra
A chama pode estar no silêncio
A chama pode estar no carinho
A chama pode estar num olhar
Não há ser sem luz
Não há ser sem amor
Não há ser irrecuperável
Não há ser sem possibilidades
Há ser que se perdeu no caminho
Há ser que desconhece o amor
Há ser que não foi amado
Há ser que só conheceu a escuridão
Há ser precisando de uma mão
O combustível da chama é retirado
Das mãos que se aconchega na vida
Das luzes que se ajuda a acender
Das lágrimas que se propõe a enxugar
Do sorriso que se ajuda a cultivar
Da esperança que se propõe a semear
Do amor que se resolve ofertar
Maria Helena Mota Santos
30/05/2010
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Liberdade
(Imagem-Google Imagens)
Pare tudo
Eu quero descer
Quero sentir o prazer
De andar sem rumo e sem pressa
Da alvorada até o anoitecer
Pare tudo
Eu quero crescer
Quero sentir a minha dor
Sem escondê-la no escuro
Até a luz reaparecer
Pare tudo
Eu quero viver
Quero sentir o gosto de chuva
Quero me inundar de esperança
Até o sol se acender
Maria Helena Mota Santos
24/04/2011
Liberdade de ser
(Imagem-Google Imagens)
Como me apossar do outro
Sugar os seus momentos
Cobrar-lhe pagamento
Se não tenho nem a mim?
Como reter uma vida
Na prisão do meu desejo
Se nem ao menos é meu
O corpo que me veste?
Como colocar numa redoma
Os passos de outro ser
Se eu tenho um desejo
De abrir portas e partir?
Como controlar os desejos
De quem fica ao meu lado
Se nem mesmo tenho a senha
Das minhas próprias vontades?
Como posso podar os sonhos
Do outro que me acompanha
Se o que quero nesta vida
É ser livre e nada mais?
Como posso cortar as asas
Da essência de uma alma
Se o que vale nesta vida
É voar e ser feliz?
Maria Helena Mota Santos
12/11/2010
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Esperança
(Imagem-Google Imagens)
Se eu me acordo
A esperança chegou
Quando abro os olhos
Só enxergo quem sou
Quando levanto
Parto em busca de mim
Se encontro a dor
Sei que viver é assim
Sou passarinho
Sou errante no mundo
Se paro na estrada
Sinto um tédio profundo
Nasci com asas
E tenho a alma alada
Não sou da inércia
Meu caminho é a estrada.
Se firo os pés
Nas pedras do caminho
Fica mais claro
Que o mundo é meu ninho
Os obstáculos
São canções de ninar
E nessa vida
Meu destino é lutar
Maria Helena Mota Santos
05/05/2011
Um tributo ao amor
UMA LINDA POESIA DO MEU AMIGO POETA
JOÃO PAULO CORUMBA!
A intensidade independe de qualquer coisa
A coisa em si não é só uma coisa
É expansão, coragem, densa dimensão!
Altura sem martírio, sem ameaça!
Não encanta a queda, pois riscos não há!
Em seu templo convenço meu eu
Que o que este quer não simboliza o querer
Mas sim dedicação, fatos da alma.
É por amor ao que de ti surgiu
Que a plenitude do meu existir evoluiu.
É pela sentença infinita das ordens do íntimo
Que faço um tributo ao amor pela tribo sentimental
Deixando aqui rastros de certezas raras
Que não precisam comover para serem comovidas
Fazem parte da inércia do eu profundo.
João Paulo Corumba
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Proeza
(Imagem-Google Imagens)
Não sou tudo que pareço
Nem para o bem
Nem para o mal
Sou apenas uma alma leve
Que na brisa se aquece
E na tempestade emudece
Não sou o tudo
Nem sou o nada
Não sou o acaso
Nem o previsível
Sou apenas uma proeza
Que na vida se instalou
Sem ser dona das certezas
Não sou o erro
Nem o acerto
Não sou a lágrima
Nem o sorriso
Sou apenas uma emoção
Que dá asas à canção
Que pulsa no coração
Não sou perfeita
Nem sou um anjo
Não sou infalível
Nem sou incrível
Sou apenas a esperança
Que com os dias faz sua dança
Na leveza de uma criança
Maria Helena Mota Santos
Emoções adormecidas
(Imagem-Google Imagens)
As emoções estavam adormecidas
Num cantinho esquecido do ser
Despertaram-se com banhos de chuva
Que caíram logo ao amanhecer
Uma emoção foi tocando a outra
E assustadas ficaram em fila
E com a rapidez de uma águia
Acionaram sensações esquecidas
Foram preenchendo os espaços
Dominaram o portal da razão
Um grito de vitória se ouviu
Quando chegaram até o coração
Morando num órgão vital
Sentiram-se fortes de fato
Ditaram suas ordens ao ser
Que estava bem fragilizado
Ficaram impregnadas na pele
O maior órgão existente no ser
Queriam dominar toda área
Pois, o mundo, queriam rever
Finalmente quando conseguiram
Trazer à tona o eu mais profundo
Aliadas com as emoções latentes
Encenaram sua peça pro mundo
Desfilaram causando espanto
A plateia foi o pano de fundo
Uma catarse coletiva aconteceu
E extravasaram a sede de mundo
Depois que encenaram a peça
Retornaram para o interior
Já não tinham a mesma roupagem
Vestiam-se agora de amor
Maria Helena Mota Santos
05/12/2010
domingo, 4 de dezembro de 2011
A partida da dor
(Imagem-Google Imagens)
Fiz um carinho na minha dor e ela me sorriu
Disse-me que não estava doendo tanto
E que eu não me preocupasse com ela
Pois brevemente ela entraria em toque de recolher
Nas asas da luz do sol de qualquer amanhecer
E a veria se espreguiçando no luar durante a noite
Só não garantia se controlar nas madrugadas frias
Pois gostava de sair para passear no silêncio
Pediu-me que eu a deixasse partir
Pois fazia tempo que eu a mimava e a pegava no colo
Disse-me que tinha crescido tanto que era hora de seguir a estrada
Que ela estava tomando vários compartimentos da minha morada
E sua partida daria lugar para o intercâmbio de outros sentimentos
Quem sabe, um dia, ela voltaria em forma de alegria?
Eu disse pra ela que não era simples assim
Eu precisaria perdê-la por partes
Ela não sabia mas ela me fazia companhia
E acionava lágrimas que lavavam os ciscos da alma.
Fizemos um trato: cada uma se esforçaria para se desligar da outra
E, um dia, eu chegaria em casa e perceberia que ela se foi
Mas ela retornaria, provavelmente, em forma de flor
E assim fizemos um pacto na noite
E estamos em trabalho de parto para sua partida
Maria Helena Mota Santos
27/10/2010
sábado, 3 de dezembro de 2011
A luz e a sombra
(Imagem-Google Imagens)
Você que me habita
É a sombra do que fui
E a sombra do que sou
Você que me habita
É também a minha luz
E a luz que se apagou
Você que me habita
É a minha companhia
E também a solidão
Você que me habita
É a minha salvação
E também a perdição
Você que me habita
É a minha incompletude
E a minha perfeição
É o positivo
É o negativo
É o verso
É o reverso
É o atalho
É o caminho
E também é a certeza
De que nunca estou sozinho.
Maria Helena Mota Santos
02/12/2010
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Saudade
(Imagem-Google-Imagens)
Ando de frente pra vida
Mudando minha roupagem
Pinto as tristezas de cores
Meu acessório é a saudade
Saudade é sempre a ausência
De uma presença querida
Só quem preencheu espaços
É quem tem saudade na vida
Saudade de quem se foi
Saudade de quem não veio
Saudade da esperança
De ser feliz por inteiro
Saudade de abrir as asas
E voar sem direção
Saudade de ter saudade
Bem dentro do coração
Saudade de uma criança
Que no tempo se perdeu
Saudade de brincar de roda
E de achar quem se escondeu
Saudade da fantasia
Que alicerça a realidade
Saudade é dor de amor
Que chega em qualquer idade
Maria Helena Mota Santos
09/12/2010
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Nova pele
(Imagem-Google Imagens)
Não dava mais pra marcar aquele passo
Não dava mais pra seguir nesse compasso
Não dava mais pra olhar pro mesmo lado
Pois seu olhar já estava viciado
Não dava mais pra viver sem emoção
Não tinha prazer de pisar no mesmo chão
Não dava mais pra olhar e enxergar
De tanto que já tinha visto esse lugar
Não dava mais pra ouvir e entender
Usar a palavra já não dava mais prazer
Não dava mais pra sorrir com alegria
Já não tinha encantamento e magia
Não dava mais pra chorar as mesmas lágrimas
Novas torrentes por ali já transitavam
Não dava mais pra amar do mesmo jeito
Outro amor já pulsava lá no peito
Não dava mais pra viver sem direção
A bússola do infinito já estava em suas mãos
Maria Helena Mota Santos
13/12/2010
Amar
(Imagem-Google Imagens)
PARA COMEÇAR O MÊS DE DEZEMBRO COM MUITO AMOR!
Amar
o impossível amar
e semear a luz
de um doce olhar
Amar
o infinito ser
e semear concórdia
pra não anoitecer
Amar
o que está à margem
e estender a mão
pra seguir viagem
Amar
o rastro da escuridão
e infiltrar luz
pra salvar o irmão
Amar
um amor salvador
e deixar aqui na terra
um jardim pleno de amor
Maria Helena Mota Santos
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