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segunda-feira, 29 de março de 2010

Faxina da alma


Faltam-me palavras para expressar o sentimento que se apoderou de mim neste dia que apenas começa.

O tal sentimento, espreitou-me durante a noite passada e se infiltrou nos meus sonhos , transformando-os num emaranhado de informações que não se apresentaram com clareza à realidade.

Embora as imagens não estivessem nítidas na mente, ao amanhecer, algo dava sinal de que algumas visitas indesejáveis teriam reclamado atenção, durante o sono.

Quando despertei, o meu circuito interno, de mecanismo de defesa , já emitia um sinal de alarde aconselhando um toque de recolher.

Mentalizei pensamentos coloridos e iluminados para contrastar com as cores apresentadas na alvorada.

Mas as visitas me seguiam como se fossem prolongamentos do meu corpo.

Enfrentei-as e aleguei que elas já não seriam necessárias.

No entanto, elas apresentavam uma tese de que ainda eram minhas inquilinas e que eu não poderia despejá-las sem aviso prévio.

Argumentei com veemência, mas foi em vão!

Outros acompanhantes chegaram, em forma de lembranças, para me convencer de que era cedo pra "cantar" vitória sobre a realidade.

Eu me rendi as suas argumentações e deixei que elas atuassem para que pudessem extravasar os resquícios que ainda estavam presentes.

Fiquei na plateia e, perplexa, percebi que o enredo era profundo e que era urgente a apresentação da peça.

Relaxei e deixei fluir as emoções que se traduziam em sorrisos e lágrimas.

Após uma catarse pude enxergar outro portal que me conduzia a um novo caminho.

Na entrada do novo portal fui carregada nos braços da esperança, da fé e do amor.

Maria Helena Mota Santos


O texto abaixo foi escrito por um dos meus filhos, do ventre do mundo, que abre as asas para a poesia.

ROTINA

Todos os dias acordo com a esperança de que a vida é uma dança entre pares.
Escovo os dentes com a certeza de que não existe na natureza algo capaz de me sabotar.
Tomo banho com a leveza, me livro das incertezas e parto para o novo desabrochar.
Bebo um pouco de alegria, deixo em casa as agonias que insistem em me acompanhar.
Saio e encontro uma natureza com encantos e belezas e homens a trabalhar.
Vejo crianças sorridentes, pobres, ricas ou carentes todas podem me encantar.
Caminho pela cidade, me alegro com as bondades que da dor faz brotar.
Me encontro com um amigo, um passante ou conhecido e vejo a luz do seu olhar.
Se percebo uma tristeza, falo da vida, suas belezas e começamos a cantar.
Ouça o som da natureza, viva, ame e com certeza, a sua vida vai se alegrar.

Danilo Aguiar

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